Agradeço aos céus quando vejo a portaria do meu prédio. Pego o elevador, encaro meu reflexo no espelho e me pergunto onde diabos estou me metendo. Entro em casa silenciosamente para não acordar ninguém.
Fecho a porta do meu quarto e abro a cortina, acho o leste. Como na música, o Sol estava desvirginando a madrugada e eu acabava por sentir a dor daquela manhã. Tiro os tênis, meus pés estão inchados. Coloco a primeira bermuda que vejo e vou até a cozinha tomar um copo de leite.
Quando finalmente deito na cama, alguns pássaros rompem o silêncio da madrugada. Em seguida, o som dos primeiros carros.
Ao encarar o teto do meu quarto, recordando a noite que tive, percebo que perdi mais um dia de vida na minha egoísta e burra procura por prazer.